Pessoas Lindas!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Meu maior espetáculo (Relato do Parto)

Aconteceu!
Salomé chegou!

Meu maior espetáculo, a VIDA!

O parto estava marcado para 22 de Julho, mas minha filha mostrou que ela é quem manda no pedaço, e chegou na madrugada, de Sábado pro Domingo....nasceu dia 17 de Julho, às 03:12 da madruga.

Foi cesárea, porque eu pedi pra ser. Mas INFELIZMENTE cheguei a sentir as dores da contração e ter dilatação, grau 1.
Mulheres do mundo que têm filho de parto normal: PARABÉNS. VOCÊS SIM SÃO X-MEN.
Porque eu tive contrações grau 1 (pra nascer tem que chegar no mínimo grau 8 a 10) e quase tive um treco. O negócio realmente DÓI.

Quando percebi as ondas de dor aumentando em frequência e intensidade, comecei a anotar num caderninho. Não por ser organizada, mas sim por ser péssima em matemática. E com as dores, eu mal conseguia me lembrar as sequências. Reparem a letra maravilhosa conforme a sequência diminui....céus!


Registro das contrações (ó tortura sem fim!)

Eu sempre ficava preocupada se saberia caso sentisse contrações. Perguntei para várias amigas que são mães, li muito sobre o assunto, e a verdade é: VOCÊ SÓ DESCOBRE QUANDO SENTIR. E VAI DESCOBRIR, SEM NENHUMA DÚVIDA.

Me diziam que doía as costas, que a dor vinha de tal e tal direção, que era impossível andar ou sentar, e enfim, mil coisas.
Eu não senti NADA nas costas, conseguia andar- ainda que toda curvada - e não havia posição que fizesse a coisa melhorar.
São segundos de dor, mas parecem mil horas. Quando passa, é o céu. Quando voltam, o inferno! rs... mas ok.

Quando telefonei pra enfermeira que auxilia meu médico, ela disse: 'Toma um Buscopan.' Eu quase tive um piriri. Insisti: 'São realmente contrações e estão aumentanDOOOOOOOOO' sim, uma contração ocorreu enquanto eu estava no telefone com ela.
Sabem 'O Exorcista?' Então, minha voz deve ter saído daquele jeito, tipo o DEMÔNIO, daí a enfermeira mudou de idéia e falou: 'Arrume suas coisas, venha para cá, mas fica calma, a gente só vai examinar, não deve ser nada, tá?!'

Ok.
Aí lembrei: a mala da maternidade NÃO estava pronta.
Só algumas coisas minhas e da Salomé.
Mas marido tbm precisava de roupas. E mais documento, dinheiro, etcetc. Como sacar dinheiro em pleno Sábado de madrugada?
Saí ligando pros meus pais e irmãos.
Uma rede se formou e em menos de 20 minutos la estava eu de mala pronta, a caminho do portão de casa, me despedindo das cachorras quando 'PÁ!'


Um barulho 'seco' e curto. Um 'aguaceiro.'
Um ataque de riso - comecei a rir, achei engraçada a situação: eu toda trocada, da banho tomado, dizendo 'tchau' e afanando a Jolie, minha vira -lata quando minha bolsa estourou.

Meu marido disse: 'Você tá rindo por que?? SUA BOLSA ESTOUROU!! VAMOS CORRENDO PRO HOSPITAL!'
(detalhe: moro a 18km do hospital, que fica na cidade de Araçatuba-SP, onde escolhi minha equipe médica de confiança)


Em trabalho de parto, à caminho do hospital
(reparem na minha tranquilidade e na tensão do marido!)

Por incrível que pareça, ali tudo melhorou, fiquei num misto de felicidade e ansiedade extremos, porque sabia que estava chegando a hora de ver o rostinho da minha filhinha.
No percurso, fiquei brava porque o som do carro falhou, e ah! como eu precisava ouvir um Ray Charles naquele momento!

Mas deu tudo certo, fui conversando com marido, rindo juntos, lembrando dos 9 meses de espera, e ambos emocionados com o que estaria por vir.

O mais engraçado foi chegar no hospital e ver toda a equipe com a MAIOR cara de sono. Confesso que entre pediatra, meu obstetra, a enfermeira e o anestesista, eu não saberia dizer quem estava com mais cara de sono e cansaço.
O legal era ver todo mundo se preparando, meio acordados e dormidos, e eu ali, deitada só esperando.
E eles falando de futebol, do Tevez e eu toda hora lembrando o anestesista da minha alergia ao Paracetamol.

Foi muito rápido, e indolor.
Até na hora da anestesia, que todo mundo fala que é horrível, a 'Ráqui', eu fiquei de boa. Meu anestesista brincou:  'Vai doer só a agulhada' e eu respondi: 'Relaxa, tenho 9 tatuagens'.

E assim, em 10 minutos, minha filha Salomé nasceu.

Tudo o que posso TENTAR descrever sobre aquele momento:

- O choro dela inundando a sala.


- Minha voz embargada dizendo bem alto: 'BEM VINDA SALOMÉ!'


- O pediatra carregando aquela coisinha pequenina, cabeludíssima e agitada para examinar e eu tentando espiar o que acontecia.


- O pediatra trazendo ela de encontro ao meu rosto, e eu dizendo: 'Oi filha, oi Salomé' e ela parou INSTANTANEAMENTE de chorar e abriu os olhos enormes, me olhando.


 - Senti o cheiro dela, beijei e beijei seu rostinho e meu Pediatra olhou bem pra mim e disse: 'Parabéns, Está tudo bem, viu?! Ela é perfeita. Parabéns'.


- Depois ele a entregou para uma enfermeira que colocou uma pulseira de identificação e eu ainda consegui dizer: 'Por favor, não perca ela de vista'.


- Depois me lembro de pedir pra deixarem meu marido levar minhas meias pra sala de recuperação, porque eu sinto muito frio nos pés, e não queria ficar sem meia. Risos gerais na equipe, mas a meia chegou rapidinho.

Eu adormeci uns 15,20 minutos, acho e já fui direto pro quarto, onde meu marido me esperava, muito emocionado e, segundos depois, chegou Salomé, de banho tomado, cheirosa e com olhos abertos e foi direto pro meu peito, mamando como se eu e ela soubéssemos o que estávamos fazendo.

(na verdade eu não sabia, e deu tudo certo. Depois até farei um post extra sobre amamentação, para as mamães)

Coisas que lembrei e vou deixar registrado:

- O Médico é tudo, nessa hora, e depois. Nada melhor do que confiar na sua equipe. Como eu havia visitado o pediatra dias antes do parto, porque já queria estabelecer confiança, deu tudo muito certo. Para as futuras mamães é essa a dica principal: confie e deixem eles fazerem seus trabalhos. Tudo dá certo.

- O que levar na mala da maternidade? Alguns hospitais pedem, o meu não pediu nada e metade do que levei nem foi usado. Um site que sempre recomendo e me ajudou MUITO foi o Brasil Baby Center, lá tem muitas dicas.

- Parto Normal x Cesárea : eu ja havia explicado minha escolha, devido ao grande medo da episiotomia. Dizem que normal é melhor pra mãe e bebê, que depois a mulher se recupera mais rápido. Mas eu digo: pra MIM, a dor que senti devido aos pontos da cesárea nem se compara as contrações. Passar mais de 7,8 horas sentindo aquilo é algo que eu JAMAIS conseguiria. Em compensação diziam pra mim que eu ia sofrer com cesárea, que ia ser dificil levantar, ia ter reações de frio e coceira devido a morfina etc e tals...NÃO TIVE NADA DISSO. Levantei e andei de boa, não tive nenhuma reação esquisita, nem vomitos nem nada e estou aqui, 5 dias depois da cesárea, me sentindo super bem. Ainda inchada devido aos medicamentos, mas feliz da vida e nada arrependida.
E eu ainda acredito que o bebê sofre muito na espera das dilatações. Não me arrependo.
Mas também tenho consciência de que isso tudo é relativo, cada uma tem sua tolerância à dor e medicamentos, então vamos respeitar.

- Para as futuras mamães, paciência com as rotinas do hospital. Eu tive alta em dois dias, acho que normal é mais rápido ainda. Mas é UM SACO o entra e sai de enfermeiras, gente pra medicar você, trocar a criança, berçarista dando palpite e um sem fim de assina aqui, assina ali, faça isto ou aquilo. A gente ali, no soro, toda medicada e tendo que fazer mil coisas, além de amamentar o bebê. Mas faz parte, eles estão trabalhando.

- Receber visitas: eu adorei as visitas na maternidade. Apesar de estar com soro e meio grogue, a medicação deixa a gente disposta e, mais importante: sem dor. Eu levei minha necessaire e a primeira coisa que fiz foi me maquiar. É legal porque tem as enfermeiras pra ajudar e você pode receber as visitas sem dor, numa boa. Preferi no hospital, do que em casa.
Já em casa, estamos sem o excesso de medicação, adaptando-se à rotina, cuidando dos pontos, fica dificil rir, tossir, espirrar, sentar e levantar, enfim.
Por isso deixei claro minha ausência da web e a disponibilidade de receber em casa após, pelo menos 15 dias.
É importante pra família, pro bebê e para melhor adaptação da nova rotina.

- Não seja super mulher. Devo à Nívia, minha amiga que me aconselhou a aceitar a ajuda da Mamãe e toda ajuda possível. Eu SEI o quanto sou sortuda e tenho um marido maravilhoso. Nem todo marido ajuda, e o meu é de ouro. Então, futuras mamães: programem-se! Após a alta hospitalar, é tempo de descansar, repousar e deixar que façam as coisas por você.

- Não somos a Cláudia Leitte (que um mês após o parto estava com barriga chapada e fazendo shows) - tenham consciência de que seu corpo vai inchar o dobro, devido a medicação e à nova rotina dos hormônios e órgãos internos. Leva cerca de 10 a 15 dias pós parto para desinchar. A recuperação do peso, depende de uma série de fatores: quantos kilos foram ganhos na gestação; o quanto você inchou devido aos medicamentos, sua alimentação e rotinas de amamentar. DESENCANE. Agora é hora de curtir muito o papel de mãe, lamber muito a cria, e com o tempo tudo volta ao normal. O que não voltar, existem tratamentos e medicina para ajudar.  ;)

Hoje, 5 dias após o parto (ainda desinchando...) ps: eu mesma cortei meu cabelo.
Dificil ter cabelão pra cuidar de si mesma e da bebê, vocês vão entender quando chegar sua hora.

Enfins...

Vim aqui rapidinho contar para vocês, deixar meu abraço à todos que escreveram, telefonaram e torceram.

Agora é seguir no novo papel de Mamãe!


Dançando, 15 dias antes do parto

Aos poucos vou retornando com mais artigos diversos - sobre assuntos diversos - e estou sempre disponível no arrudaluciana@yahoo.com.br

beijo todos!

Lu

 

=]

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Muito Obrigada!





 "Obrigada à todos pelo carinho, presentes, mensagens e mimos! 
Agora é o momento da família...
Cuidando do ninho e preparativos para chegada de Salomé, minha primeira filha.
Assim que ela chegar, eu aviso vocês! E enquanto isso, sigo meu novo caminho como 'Mamãe'.
Estarei 'on line' e disponível para visitas a partir de 10 de Agosto. 
Qualquer dúvidas sobre cursos e workshops por favor falem com: mosaicodasartes@hotmail.com


Beijo à todos,


Lu"



segunda-feira, 4 de julho de 2011

É Vida que Segue...



''É o momento em que me sinto mais sozinha. Tão exposta, mas ao mesmo tempo, tão protegida.
Um silêncio sempre paira no ar quando eu entro em cena. Já não estou mais só.''




''Eu sempre olho o teatro. Lotado de espíritos antigos, os aromas, as cores. Depois, muito sutilmente, eu vejo as pessoas. Estão ali por mim, para ver o espetáculo. Olhos brilhantes que me olham com tanta ternura, que eu jamais seria capaz de descrever. Diferentes olhares, diferentes anseios. A energia muda e é como se eu o ar se tornasse sólido, mas não uma solidez que machuca, e sim algo palpável, que eu quase posso tocar.''




''Quando dou por mim, estou tão à vontade que me sinto de volta para casa. É meu momento, eu me comunico com todos, somos um.''




''O Palco cura o meu cansaço, as minhas dúvidas, dores e desilusões. No momento em que sou mais personagem, me descubro mais verdadeira.''




''Eu me rendo e me curvo perante a platéia. O som do aplauso é algo que ninguém jamais vai tirar de mim. A emoção é única e eu sei que, nesses instantes, a minha vida vale cada fração de segundo. Meu nome é Gratidão.''





''São eles a matéria prima dos meus sonhos. Me ajudam a realizar.
É ela, Marina, quem segura minha mão e me faz equilibrada, protegida e certa de que plantei a melhor semente em solo fértil.''



Festival Mosaico das Artes
(Foi Sábado, 02 de Julho. Dancei aos 9 meses completos de gestação.)

Frases de: Luciana Arruda