Pessoas Lindas!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Site novo e Acessível!

Pessoas lindas, finalmente 'A Bailarina' está de volta, com tudo no lugar, em ordem, mais prático e ágil.

E o mais importante: é um site que promove a acessibilidade na web.
Sabe o que é isso?
A Vivi pode ajudar a entender.

Essa é Vivi, em foto de uma revista especializada

Vivi é minha amiga, professora formada, e bailarina.

E ela é deficiente visual.

Vivi não enxerga como nós e utiliza um programa chamado 'Jaws' para ter acesso ao conteúdo da web. O programa funciona basicamente como um leitor de tela e sua função é ler o conteúdo da página.

Embora com toda a tecnologia de ferramentas para website, o Jaws não funciona em sites que utilizam, por exemplo, versões em Flash.

Por isso, empresas com consciência em acessibilidade, como o Banco Bradesco, já incorporaram em seus sites links especiais para pessoas com deficiência.

O site 'A Bailarina' é feito por mim, num programa antigo, nos moldes do antigo HTML. Nunca fiz curso, aprendi sozinha e confesso que se tivesse tempo adoraria fazer um curso específico para deixar o site mais lindo, atual e cheio de coisinhas lindas, mas a idéia essencial é ter um canal de comunicação com vocês, organizado e útil e acredito que esse objetivo o site continua alcançando, mesmo sem ter os padrões ultramodernos e o visual arrojado.

O que realmente importa: ele é acessível.
E pessoas como minha amiga Vivi podem, de fato, aproveitar a tão proclamada 'internet para todos'.

Fica a dica: coloque um link com páginas em HTML em seu site. Todos merecem ter acesso ao conteúdo que fazemos com tanto carinho.

E, visitem:

http://www.abailarina.com/


Presente pra quem gostou:
(é só baixar, aqui ou no site - clique com o botão inverso do mouse e 'salvar imagem como' e você pode incluir em seu Blog, Site, MySpace ou Multiply)





PS: O Site 'A Bailarina' vai sortear um super DVD da IAMED, veja como concorrer na página inicial!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Por aí...

Brasil e India
(nossa turma que veste preto ficou na India de Dez a Jan, e o grupo de cinza veio ao Brasil de Abril a Maio)


Já estamos quase na metade do ano e a sensação que tenho é que tudo tem acontecido tão rápido!

Parece que foi ontem que eu arrumava as malas para uma viagem de 40 dias por India e Paris...tantos medos, tantas dúvidas... e, olha só, semana passada lá estava eu, em Corumbá-MS dançando na Conferência do Rotary, junto com os queridos meus que viajaram comigo.

Ainda estou emocionada tentando entender o significado de tudo.
Talvez essa seja a dica: não entender, apenas viver.

Dançando em homenagem ao Brasil, Conferência do Rotary
(foto: Paulo)

E nos ciclos que fecham e abrem, decidi colocar a casa em ordem: arrumei o site, revi cada arquivo e em breve tudinho no ar, como a gente merece!

Tanta coisa linda foi escrita, tanto aprendizado o 'A Bailarina' proporciona... e tem gente que ainda não conhece,pode?! Bóra me ajudar a divulgar moçada!

As entrevistas são o maior acervo de conhecimento do nosso país, sem falsa modéstia. Selecionei cada entrevistado com muita cautela, carinho e ética, essencial na minha trajetória em dança.

Dêem uma olhada...aproveitem..é tudo para vocês!
Logo volto... com mais novidades.

Munish, o Líder do Grupo da India, marido e eu


Fiquem bem, na luz.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Fantástico!

Atendendo a pedidos, o vídeo editado da entrevista de Zeca Camargo, do Fantástico, com Soraia Zaied.
Aliás, Soraia é a única brasileira, ao lado de Amara (Luxor), que está na exclusivíssima lista de Professoras do Festival da Raqia Hassam, considerado o maior do mundo, que acontece anualmente no Cairo-Egito.






*se o vídeo não aparecer na sua tela clique aqui

E obrigada a todos que me escreveram parabenizando pela primeira fase na Pré-Seleção da Khan el Khalili. Mas vamos combinar? A gente só comemora se eu passar na avaliação da Banca, ok, pessoal?!
Porque foi preciso 11 anos de estudo e três tentativas para essa primeira etapa.
E, nunca foi o objetivo passar, acreditem ou não.
Como eu moro a 800km de São Paulo e a inscrição é mais barato do que duas horas de aula particular, eu enviei a fita para ter minha avaliação. Surpresa! Passei na primeira etapa.
E agora estou super ansiosa e amedrontada, por encarar em Outubro, a banca formada por bailarinas que simplesmente admiro e respeito.
Será que consigo controlar tamanha ansiedade e insegurança?
Esse texto tem me ajudado, compartilho com vocês:

"(...) séculos atrás nos desertos do norte da África, as pessoas se encontravam para fazer música e dançar ao luar que duravam horas, até o amanhecer. E elas eram magníficas porque os dançarinos eram profissionais eles eram incríveis, sabe? Mas uma vez ou outra, raramente, acontecia alguma coisa, e um desses bailarinos realmente transcendia. E eu sei que vocês sabem do que estou falando, porque eu sei que todos vocês já viram, em algum momento de sua vida, uma atuação como esta. E foi como se o tempo parasse, e o dançarino entrasse numa espécie de portal e ele não fazia nada diferente do que vinha fazendo desde há mil noites atrás mas é como se tudo se alinhasse. E não mais que de repente ele deixasse de ser apenas humano. E ele era iluminado de dentro para fora, e debaixo para cima, todo iluminado pelo fogo divino.

E quando isso acontecia, naquele tempo, as pessoas sabiam do que se tratava e a chamavam pelo nome. Elas juntavam as mãos e cantavam, "Alá, Alá, Alá, Deus, Deus, Deus". Era Deus, entendem? Uma nota de rodapé curiosa -- historicamente, quando ou mouros invadiram a Espanha, eles levaram consigo esse costume e sua pronúncia mudou com o passar do tempo, de "Alá, Alá, Alá, para Olé, olé, olé" que ainda se ouve em touradas e danças flamencas. Na Espanha, quando um artista faz alguma coisa impossível e mágica, "Alá, olé, olé, magnífico, bravo" é algo incompreensível é um lampejo de Deus. O que é ótimo, porque nós precisamos dele.

Mas a parte complicada acontece na manhã seguinte, para o dançarino, quando ele acorda e descobre que é terça feira são 11 da manhã e ele não é mais um lampejo divino. Ele é apenas um mortal que está envelhecendo com joelhos estourados, e quem sabe ele nunca mais suba tão alto. E que talvez ninguém mais cante seu nome outra vez enquanto ele gira, e então, o que ele deve fazer com o resto de sua vida? É difícil. Esta é um dos mais dolorosos acertos a se fazer numa vida criativa. Mas digamos que isso não tenha que ser tão angustiante se você nunca acreditar, em primeiro lugar, que os aspectos mais extraordinários do seu ser vem de você. Quem sabe seja melhor acreditar que eles são emprestados a você por uma fonte inimaginável de uma parte rara de sua vida que será passada para alguém quando você partir. E acreditem, se a gente pensa nisso desta forma, tudo começa a mudar.

Foi assim que eu comecei a pensar, e é assim que tenho pensado nesses últimos meses enquanto trabalho no livro que devo publicar em breve a tal perigosa, apavorante e muito aguardada continuação do meu louco sucesso.

E o que eu digo a mim mesma quando eu fico realmente enlouquecida com isso, é: não tenha medo. Não desanime. Apenas faça o seu trabalho. Continue a comparecer para fazer sua parte, seja ela qual for. Se seu trabalho é dançar, dance. E se o gênio divino e maroto que foi designado para acompanhar o seu caso permitir que através do seu esforço aconteça um lampejo maravilhoso, então, "Olé"! E se não, faça a sua dança,do mesmo jeito, e "Olé" para você da mesma forma. Eu acredito nisso e acho que devemos ensinar isso uns aos outros. "Olé!" para você, apesar de tudo, simplesmente por possuir esse puro amor humano e a teimosia de continuar aparecendo para fazer a sua parte."
(Elizabeth Gilbert - autora de Comer, Rezar, Amar)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Para ajudar na prática da Dança do Ventre


Relendo os arquivos do meu site 'A Bailarina' (que existe há oito anos e foi o primeiro no país a entrevistar bailarinas da nossa área) percebi que muitas dicas preciosas surgem justamente das entrevistas.

O site está sendo reformulado e em breve entra no ar com novo layout e links mais práticos, tudo para facilitar o acesso as informações.

E com novas entrevistas maravilhosas, com bailarinas como Luciana Zambak, Rafa el Nur, Sasha Holtz... aguardem!

Em busca de novas dicas para aprimorar meus estudos, reli cada uma das entrevistas publicadas e percebi algo em comum, para a maioria das nossas estrelas do mundo bellydance: quase todas praticam uma modalidade extra, além da Dança do Ventre.

A Yoga ganhou disparado, em seguida Musculação e Ballet.

Acho que esse é o segredo para ter:

- Resistência
-Flexibilidade
- Criatividade coreográfica (no caso do Ballet)

Afinal, como ter fôlego para os solos de 8 minutos? E as percussões?
E, os cambrés de sonho, unidos a braços que parecem uma moldura, de tão perfeitos?

Bem, sempre é tempo de começar.
Aqui em minha cidade não tem professora de Yoga, mas eu ganhei um dvd de um dos maiores gurus da India, na minha viagem, quando fui fazer aulas com ele.
Essa semana começo a fazer a vídeo aula. Lembrei que o dvd esta fechadinho, do jeito que veio na mala. Hora de agir.

O Ballet eu já comecei, mas preciso mais de uma aula semanal, preciso encontrar um horário que me adapte.

Agora, a dificuldade maior é a musculação. Já perdi a conta de quantas vezes eu entrei e saí de academias buscando a malhação, hein gente.
E olha que isso é raro, porque eu sempre me dedico, sempre vou até o fim em que tudo o que faço.
Mas, cá pra nós, ô coisinha chata que é pegar peso, suar feito louca, e ficar contando quantas séries, quantas repetições.
Céus! Não tem como pular esse?
Conto pra vocês, em breve, se vou dar conta.

Mas me cobrem, por favor. Quem sabe assim eu tomo jeito.

domingo, 9 de maio de 2010

Poema de Domingo


Hoje que a tarde é calma e o céu tranquilo,
E a noite chega sem que eu saiba bem,
Quero considerar-me e ver aquilo
Que sou, e o que sou o que é que tem.

Olho por todo o meu passado e vejo
Que fui quem foi aquilo em torno meu,
Salvo o que o vago e incógnito desejo
De ser eu mesmo de meu ser me deu.

Como a páginas já relidas, vergo
Minha atenção sobre quem fui de mim,
E nada de verdade em mim albergo
Salvo uma ânsia sem princípio ou fim.

Como alguém distraído na viagem,
Segui por dois caminhos par a par.
Fui com o mundo, parte da paisagem;
Comigo fui, sem ver nem recordar.

Chegado aqui, onde hoje estou, conheço
Que sou diverso no que informe estou.
No meu próprio caminho me atravesso
Não conheço quem fui no que hoje sou.

Serei eu, porque nada é impossível,
Vários trazidos de outros mundos, e
No mesmo ponto espacial sensível
Que sou eu, sendo eu por estar aqui?

(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sede Cautelosas


'Sede cautelosas, jovens meninas; tende prudência de como vos entregais.
Tende pudor de amar abertamente; jamais digais tudo o que sentis, ou (melhor ainda) senti muito pouco.

Vede as consequências de ser prematuramente sinceras e confiantes e desconfiai de vós mesmas e de todos.

Casai como fazem na França, onde os advogados são as damas de honra e confidentes.

De qualquer forma, nunca tenhais nenhum sentimento que possa vos deixar em situação constrangedora e nem façais promessas que não possais, a qualquer momento necessário, controlar e retirar.

Esta é a maneira de viver, ser respeitada e ter um caráter virtuoso na Feira das Vaidades.'

(Feira das Vaidades, William Makepeace, 1811-1863)