Pessoas Lindas!

domingo, 14 de novembro de 2010

Dez coisas...


1- Sou um ser noturno.

Meu ciclo de sono só começa depois da uma da manhã e meu melhor momento criativo sempre foi durante a noite. Trabalhos escolares, seminários da faculdade, composição de coreografias, idéias: tudo sempre a noite. Não há coisa que eu goste mais do que o silêncio da madrugada, o céu estrelado, todos dormindo e eu ali, criando e criando...


2- Adoro água.

Sou uma Sereia. Tenho paixão por rios, cachoeiras, piscinas, lagos e mar. Ah, o Mar. Minha maior tristeza é morar tão longe dele. Eu tenho ritual de toda vez que o visito:eu canto. É estranho, eu sei. Ainda mais com minha voz ( :/ ) mas eu tenho várias canções pro mar e quando vou à praia, gosto de ter o meu momento sozinha, feito doida, cantando meu amor por ele. A água gelada do mar de Floripa, a água quente e cheia de vida do mar de Salvador, a água cheia de energia do mar de Puri, na India. Ah, o mar...


3- Tenho paixão por cadernos, caixas, embalagens, móbiles, sinos de vento, fadas e corujas.

Se quer me dar um presente, não tem como errar. Escolha qualquer item acima citado. Já cheguei a doar um presente e ficar com a caixa (é sério!). Cadernos são 'o must' pra mim! Adoro anotar coisas, escrever poesias, desenhar trajes, em cada canto da casa tem um caderno ou bloco de anotações.

Eu devo ser o terror da vizinhança, porque tenho sinos de vento em todo canto e não há som que eu goste mais!

Quando eu morava em Bauru, na época da Faculdade, acordei com um som diferente na pequena varanda da kitinete que eu morava (se é que é possível kitinete ter varanda). Quando fui ver, era uma Coruja. De dia, olhando pra mim com aqueles olhos lindos. Eu dividi a kit com ela por uma semana, quase cheguei a tocá-la. Nunca tive medo ou acreditei no dito popular que elas trazem morte ou azar.

Eu sonho muito com Corujas, quase sempre. Gosto delas.

Minha amiga Verônica, num desses repentes que nós duas sempre temos, me trouxe uma imagem talhada em madeira,de sua viagem ao Peru. É um dos presentes que mais gosto.

As Fadas surgiram por causa do meu amigo Leléo, que me deu esse apelido quando eu tinha uns 16 anos. Depois na faculdade, alguns amigos me chamavam assim também, e é interessante como pessoas que não se conhecem, de diferentes lugares olham pra mim e dizem: 'Você parece uma Fada' e acabam me presenteando com belas miniaturas e imagens. Guardo tudo e decoro a casa e o estudio com esses presentes, amo!

É engraçado, porque eu não sei como seria uma Fada, e as que vejo nas imagens lindas que ganho de presente, não tem muito a ver comigo. Elas tem um rosto sereno que é meu objetivo de vida, será que um dia chego lá?


4- Não passo roupa, não dirijo, não sei fazer contas.

Coisas que todo ser humano é capaz, menos eu. A primeira e única vez que tentei passar uma camiseta, demorei quase uma hora e ela terminou mais amassada do que quando comecei. Dias desses tentei passar uma saia de cetim para dançar, e queimei, ela simplesmente derreteu.

Dirigir é a coisa mais chata do mundo, pra mim. Eu tenho habilitação (vencida), minha baliza foi a mais rápida e certinha no dia do exame, mas eu simplesmente detesto ter que parar a cada sinal de 'pare', semáforos, e ficar trocando marcha. Aliás eu detesto ter que prestar atenção na rua, nas placas, procurar lugar pra estacionar. Por isso eu não dirijo, pelo bem da população. Eu gosto mesmo é do banco do carona, de ficar olhando a paisagem, os pássaros, as pessoas, ouvir música e tagarelar enquanto alguem dirige.

Matemática é algo que eu não sei e nunca quis aprender de fato. Não faço idéia do porque existem logaritmos e eu devo ter sido roubada em trocos pela vida afora, porque nunca conferi - e nem saberia como. Preciso de calculadora sempre por perto e quando tenho que fazer conta de cabeça, conto nos dedos e em voz alta. É patético, mas fazer o que?


5- Cinema, Livros e Música

Três coisas que não sei ficar sem. Pode me chamar pra qualquer um desses programas que eu vou! Assisto, ouço e leio de tudo, mesmo. E quando gosto de algo, leio, ouço e vejo mil vezes repetidas, sem enjoar. Sou daquelas que assiste até filmes trash, só pra ver onde vai dar. Amo muito tudo isso, mesmo!


6- Paixão por Ray Charles e Gilberto Gil

A primeira vez que ouvi Ray Charles eu tinha uns 10 anos, e estava fuçando numa coleção de vinil, que se chamava 'Estrelas do Jazz' do meu pai. Quando eu vi a foto daquele homem, no piano, sorrindo e usando óculos escuros, eu fiquei encantada! Ouvi o vinil todo, sem me mexer. Eu ri e chorei e até hoje me lembro da sensação que foi ouvir 'A Fool for You', que naquela gravação era ao vivo. Minha canção preferida dele, até hoje.

Lembro que quando perguntei pra minha mãe porque ele usava óculos escuros e ela me disse que era por causa dele ser cego, eu chorei e chorei. Depois, fiquei feliz, porque ele parecia sempre feliz.

Meu irmão trouxe o livro da biografia dele de Londres, em 2004 e eu até hoje não consegui terminar de ler. Eu volto as páginas, rabisco, releio e não quero que chegue ao final, pois para mim Ray é sempre imortal. Todos os dias eu ouço ao menos uma música dele.

Gilberto Gil é a mesma paixão. Começou com o 'Sitio do Picapau Amarelo' e a cada ano evoluía esse amor sem fim. Quando li 'GiLuminoso' entendi que esse homem é especial, um poeta, um filósofo, um sábio. 'Realce' é tão magnífica, que não resisti: tatuei em meu braço esquerdo.

Meu sonho é ir a um show do Gil, ver ele, falar com ele. É o 'Divino', o maior Artista quejá existiu, para mim. Adoraria ter o box completo dele, um dia....


7- Eu tenho o 'Laran'

É um termo utilizado por velhos contadores de histórias e xamãs... diz sobre a 'comunicação' com os animais e crianças. Eu tenho, e isso é tão forte e visível que quem está por perto nunca sabe como agir. Acontece e eu não sei explicar. Pássaros pousam perto de mim, animais na rua correm ao meu encontro, crianças me pedem colo e querem ficar por perto...Inclusive com as crianças especiais, os autistas. É como se eu simplesmente soubesse o que vai em cada um. Nem vou me estender sobre o assunto, porque muita gente não acredita nessas coisas. Mas eu sei e sinto, e lido com isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.


8- Riso fácil e nada discreto.

Não me acompanhem para ver filmes de comédia no cinema. Eu dou gargalhadas tão intensas, que as pessoas começam a rir de mim, comigo e esquecem da cena. A mesma coisa quando leio gibis da Turma da Mônica - que adoro! - e tiras no jornal. Aliás, na rua ou em locais que pedem silêncios, melhor não ficar perto, mesmo. Não consigo me controlar. É um lado criança que já tentei, mas não consigo perder. Adoraria ser mais elegante, discreta como uma dama. Mas... nem.


9- Viciada em... Abraço

Não há nada mais gostoso, reconfortante, terno e gostoso de sentir. Amo. E descobri muito tarde o poder do abraço. Até os 17,18 mais ou menos, eu era dessas 'intocáveis'. Uma barreira, uma necessidade de proteger o 'espaço interno'. Sei lá.

Até o dia que, numa crise de choro, desabafando com amigas, tentando entender porque alguem tinha partido o meu coração - e ouvindo mil coisas, sem que nenhuma me confortasse - uma amiga que até então estava calada, de repente se levantou e me deu um abraço silencioso, que curou tudo. Jamais vou esquecer.

Com o tempo, a vida foi me mostrando as milhares de finalidades do abraço.

E que também existem pessoas que simplesmente não gostam de serem abraçadas e eu respeito isso. Mas ó: elas não sabem o que estão perdendo.

Não se assuste se quando me encontrar eu te der um super abraço. Sou assim mesmo.


10- Emotiva.

Ih, nem tente me fazer parar. Me emociono mesmo. Choro feio, embargo a voz, lágrimas jorram e vai que vai. Choro no teatro, no cinema, no espetáculo, dançando e até quando estou sorrindo. Devo isso ao meu marido. Ele é quem me ensinou que não tem nada demais demonstrar emoção. Eu morria de vergonha de chorar, rir, xingar, gritar. As espanholas da minha família me achavam a 'ovelha negra'. Agora, tudo certo. Nada melhor do que viver a vida de maneira autêntica, ainda que isso acarrete julgamentos e comentários. Mas olha: não há sensação melhor do que a de saber que determinado momento foi vivido de maneira plena.