Em tempos de padrões, certificações e avaliações volta e meia encontramos tópicos em blogs ressaltando a liberdade e o prazer em dançar.
Muitas vezes é incoerente, a mesma pessoa que escreve pedindo liberdade é a mesma que critica o excesso de peso de uma bailarina, ou o arabesque mal executado ou figurino e afins.
E aí, eu me deparo com dois momentos que fizeram tudo valer, para mim.
A dança que é livre e expressa sentimento.
A dança que mantém o respeito pela Arte e permite-se inovar, inserir, sentir, a despeito de tudo.
E respiro feliz e aliviada, por mesmo entre tanta exigência e técnica, tanta falta de nomenclatura e método, na verdade a Dança do Ventre ainda nos permite fazer essa mistureira toda e ser feliz! Não é de todo ruim,né?!
Quebrar o 'protocolo' do evento, modificar a coreografia e homenagear a colega de cena- amiga! - que machucou-se semanas antes do espetáculo...que outra modalidade de dança permitiria esse momento de pura ternura? Foi o que fizemos no meu evento no início do mês e olha...valeu a vida estar ali!E o público entendeu...e se emocionou com a gente...ah, que delícia!
E fazer um evento que preza pelo simples, pela celebração da Vida, pela alegria de ser e estar ali dançando? Com todas as possibilidades e recursos, seja de decoração, luz, técnica rígida...permitir-se despir de tudo isso e apenas dançar! Eu amei a proposta do Evento Vida da Harah Nahuz e dá pra sentir a energia do bem em cada sorriso e movimento! Isso também é dança, livre e bela de se ver!
São presentes vivos, feitos pela dança e que gostoso saber que ainda existem bailarinas e público que sabem apreciar.
Eu sou a 'primeira' defensora ferrenha de nomenclatura, técnica, arte, respeito às tradições, mas eis que o mundo se abriu e descobri que nem tudo é ''8 ou 80'' e que quando fazemos algo com propósito, significado, respeito e beleza, é válido SIM!
Permitam-se!