Pessoas Lindas!

domingo, 8 de junho de 2008

Luz dos olhos meus...




Hoje eu quero compartilhar com vocês um pouco do que fez meus olhos brilharem esses dias...

Primeiro, a oportunidade de servir, ajudar. Estudo tanto isso no curso, nos livros de Alan Kardec, mas somente este sábado, pela primeira vez, eu pratiquei o servir, desinteressado e dedicado. Meu marido e eu fomos ajudar no Bazar da Pechincha da Casa Assistencial.


Sabem, graças à minha mãe, eu sempre tive a consciência de ajudar aos menos favorecidos. Foi algo que aprendi em casa, desde pequena, pelo exemplo. Mas, se tem uma coisa que é diferente é ajudar, colocar a mão na massa.


Sempre doei roupas e calçados. Todo fim de ano é aquele limpa gavetas e aí saio distribuindo pelas entidades e famílias. Mas a experiência que tive neste sábado, de ajudar no bazar, ver meus vestidos sendo vendidos por dois reais, comprados por pessoas carentes não só de traje, mas de afeto e acolhimento...pessoas que nem sempre cheiravam bem, pessoas com o corpo sujo e olhos tristes, e vê-las ali, felizes, por colocar sobre o corpo um vestido meu, que para mim já havia perdido a graça, mas que nunca havia percebido como ficava bem, como combinou naquela outra pessoa.


Me emocionei diversas vezes. Adoraria que mais pessoas pudessem ter a experiência não só de doar, mas de estar presente, ajudar, olhar nos olhos dessas pessoas, tocá-las.


Faria a diferença no mundo de hoje, mundo em que meninas reclamam por não ter o jeans de 300 reais, mas que nem imaginam que há pessoas que economizar durante um mês para poder comprar algo por 2 reais.

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E hoje pela manhã, acompanhei meu marido em um jogo de futebol, com nossa família e algusn alunos do CRIE- Centro de Recuperação e Integração do Excepcional - e meus olhos brilharam mais, ao ver como uma deficiência mental pode passar tão despercebida quando simplesmente tratamos o outro com respeito e ternura.

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Ao terminar o almoço, meu marido perguntou se eu estava com febre, porque meus olhos estavam muito azuis. É uma característica minha, quando fico com febre ou algo em meu organismo se altera, meus olhos imediatamente ganham a tonalidade de um céu gritante azul. Mas às vezes, dependendo da luminosidade, as cores podem variar do cinza ao verde translúcido...por isso nunca sei o que dizer quando perguntam: 'de cor são seus olhos?'.

Mas hoje em especial, não era febre, nem emoção. Era um brilho diferente, de paz e satisfação, que talvez ganhou uma cor extra azulada por lembrar-se de que quando fazemos o bem, ficamos mais perto do céu.